domingo, 24 de março de 2013

História do estado


Os primeiros colonizadores portugueses chegaram à região através do Rio Branco. Antes da chegada dos portugueses, os inglese e neerlandeses já eram atraídos para a região, com a finalidade de explorar o Vale do Rio Branco através das Guianas. A soberania de Portugal sobre a região só foi estabelecida após os espanhóis invadirem a parte norte do Rio Branco, juntamente com o rio Uraricoera. A partir de 1725, missionários Carmelitas iniciaram a tarefa de conversão do indígena na região.
A Coroa portuguesa preocupou-se com a criação da Capitania Real de São José do Rio Negro, através da Carta-régia de 3 de março de 1755. O primeiro motivo da preocupação era a ameaçada por parte dos espanhóis do Vice-Reino, e o segundo, pelas expedições de neerlandeses do Suriname, com fins de comércio e de apresamento de indígenas.

Vista aérea da Boa Vista de 1924.
As demarcações previstas pelo Tratado de Madrid, de 1750, também influenciaram grandemente na medida: com a criação de uma nova unidade administrativa na região, pretendia-se implementar, na prática, a colonização do alto rio Negro, criando-se a infra-estrutura necessária ao encontro e aos trabalhos das comissões de demarcação portuguesa e espanhola, sendo que esse encontro jamais ocorreu, tendo forças portuguesas ocupado nesse ínterim, provisoriamente, o curso do baixo rio Branco, efetuando plantações de mandioca e de outros víveres, para o aprovisionamento da Comissão.
O Forte de São Joaquim, construído em 1755 na confluência do rio Uraricoiera com o rio Tacutu, foi determinante na conquista do rio Branco pelos portugueses. O Forte, que hoje está destruído, foi construído com a finalidade principal de proporcionar aos portugueses a soberania total de Portugal sobre as terras do Vale do Rio Branco, que despertava uma cobiça internacional.
Os colonizadores, após assumirem a soberania e o controle total da região, criaram diversos povoados e vilas na localidade, juntamente com nativos indígenas. Nossa Senhora da Conceição e Santo Antônio, no rio Uraricoera; São Felipe, no rio Tacutu e Nossa Senhora do Carmo e Santa Bárbara, no rio Branco, foram os principais povoados criados na época, abrigando população significativa. Entretanto, devido aos conflitos entre os índios e os colonizadores pelo fato de os indígenas não aceitarem submeter-se às condições impostas pelos portugueses, os povoados não se desenvolveram.
Para garantir a presença do homem português nas terras do Vale do Rio Branco, o comandante Manuel da Gama Lobo d'Almada iniciou a criação de gado bovino e equino no território, em 1789. As fazendas de São Bento, no rio Uraricoera, São Jóse e São Marcos, no rio Tacutu, foram as primeiras à introduzirem permanentemente a criação de gado bovino e equino, em 1799. Hoje, a fazenda de São Marcos pertence aos índios e localiza-se em frente ao local onde existia o Forte São Joaquim.
Entre 1810 e 1811, militares ingleses penetraram no Vale, mas foram expulsos pelo comandante do Forte de São Joaquim. A fronteira entre Brasil e Guiana precisou ser remarcada, devido às grandes invasões inglesas ocorridas neste período. Assim sendo, a colonização de Rio Branco dividiu-se em quatro períodos: De 1750 ao século XIX, com a descoberta do Rio Branco; do início do século XIX até a criação do município de Boa Vista, em 1890; de 1890 até a criação do Território Federal do Rio Branco; e da criação do Território Federal do Rio Branco aos dias atuais.
O Decreto-lei nº 5.812 de 13 de setembro de 1943, que desmembrou o estado do Amazonas, criou o Território Federal do Rio Branco. Em 1962, o território foi denominado como Território Federal de Roraima e elevado à categoria de Estado pela Constituição Brasileira de 1988
A colonização da região foi altamente incentivada em fins do século XIX, com o estabelecimento de Fazendas Nacionais. Porém, a população do estado só encontrou estabilidade após sua emancipação, um século mais tarde, com os garimpos de ouro e diamantes que atraíram levas migratórias de diversas regiões do país. Essa imigração e exploração desordenada ocasionou na localidade muitos conflitos e mortes por doenças e assassinatos. Atualmente, quase todas as reservas indígenas do estado encontram-se homologadas
Criação do município de Boa Vista

Pouco mais de mil pessoas viviam na região em que foi criado o município de Boa Vista, em 1890. Entretanto, os dados de 1887 - válidos durante a criação do município - informaram que as cerca de mil pessoas que habitavam a região na época da criação do município eram brancas e mestiças, em sua maioria mamelucos. Isso porque os índios da região não foram acrescentados aos dados da época. Estima-se que havia mais de cinco mil índios na localidade, o que aumentaria consideravelmente a população do município.
O Amazonas, estado ao qual pertencia Boa Vista na época, não possuía recursos financeiros para promover o desenvolvimento do novo município de imediato. A região do extremo norte amazonense dependia economicamente do rebanho bovino criado na região, que também servia para o abastecimento de Manaus. A administração de Augusto Ximeno de Villeroy foi a responsável pela criação do município, que acreditava ser importante a criação de uma localidade no extremo norte do Amazonas para o desenvolvimento da região.
Eduardo Ribeiro, um dos governadores do Amazonas, também voltou sua atenção para Boa Vista e o território do atual estado de Roraima. Em 1896, após inaugurar o Teatro Amazonas, ele ordenou que Sebastião Diniz abrisse uma longa estrada ao norte de Manaus. Sua intenção era construir uma estrada ligando Manaus a Boa Vista, que pudesse servir para o transporte do gado da região do Vale do Rio Branco para o matadouro de Manaus.

Território Federal do Rio Branco - Roraima


O Território Federal do Acre foi o primeiro Território Federal Brasileiro, em 1903. Quarenta anos mais tarde, em 1943, Getúlio Vargas, presidente do Brasil à época, criou cinco Territórios Federais: Rio Branco (depois Roraima) Guaporé (depois Rondônia), Amapá, Iguaçu e Ponta Porã. Iguaçu e Ponta Porã foram extintos em 1946. O objetivo da criação de tais Territórios federais era o de ocupar os espaços vazios do território nacional e em especial na Amazônia, tendo ocorrido tais criações durante a Segunda Guerra Mundial. Acredita-se que a Segurança Nacional tenha impulsionado a desmembração.
Apesar de ter sido criado em 13 de setembro de 1943, juntamente com os outros territórios federais, o Território Federal do Rio Branco só recebeu seu primeiro governador em junho de 1944, quando este chegou à Boa Vista. O Presidente Getúlio Vargas foi o criador dos Territórios Federais, mas ele foi deposto do seu cargo em 1944.
De 1943 a 1964, Roraima teve 15 governadores titulares, entre militares, que eram a maioria, e civis. Vitorino Freire, senador do Maranhão, indicou indiretamente 10 desses governadores. Cada governador, no entanto ficou pouco tempo (em média, dezesseis meses). Assim sendo, de 1943 a 1964, o Território Federal de Roraima não alcançou o desenvolvimento esperado pelo governo federal. De 1964 a 1985, durante a Ditadura Militar do Brasil, em um período de vinte e um anos, Roraima teve 8 governadores que administraram com poderes militares. De 1985 a 1990, após o Governo Militar, a redemocratização do Brasil e a eleição direta de Tancredo Neves para a Presidência da República, o Território Federal de Roraima possuiu novamente governadores indicados por outros políticos e influentes
Elevação a Estado
Com a Constituição Promulgada em 5 de outubro de 1988, o Território Federal de Roraima deixou o estatuto de Território Federal e transformou-se em estado-membro da Federação. A posse do primeiro governador ocorreu em 1 de janeiro de 1991. O primeiro Governador do Estado de Roraima foi Ottomar de Souza Pinto, governando de 1º de janeiro de 1991 a 31 de dezembro de 1994.

Fonte: Wikipedia

4 comentários:

  1. bem interessante, vai me ajudar muito na apresentação,

    Obrigado!

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  2. bem interessante, vai me ajudar muito na apresentação,

    Obrigado!

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  3. na verdade o forte São Joaquim foi construído em 1775 e o primeiro comandante foi o Capitão engenheiro alemão Philip sturm....

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  4. Muito obrigada por esse blog! Uma bênção para as pesquisas da escola dos filhis da gente.

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